quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Um Ministro que "sangra" é bom pra quem???

Amigos e amigas "observadores",

Estamos todos acompanhando a peregrinação do ministro do esporte, Orlando Silva Junior, no noticiário político e policial (infelizmente, de esporte ele nunca tratou mesmo!).
As acusações contra ele, pessoalmente, são novas, mas quase todas elas são versões de outras que já foram divulgadas em anos passados, dirigidas ao ministério e/ou ao seu partido (PCdoB).
Portanto, vale a pena refletirmos sobre quais os objetivos dessa artilharia? (não que eu o defenda, longe disso!). Penso que há no minimo dois lados interessados nessa sangria pública:

1. os partidos aliados do governo Dilma, sobretudo PT e PMDB, espicharam agora o olho para o ministério, antes o patinho feio da Esplanada, hoje um espaço com visibilidade na midia, grana e influencia sobre estados e cidades... Estes partidos estão de olho no cargo, é claro!

2. CBF, FIFA e Globo precisam negociar com o governo a Lei Geral da Copa, que veta, por exemplo, a venda de bebidas alcoolicas nos estadios, o que reduz sensivelmente os ganhos publicitarios do "trio do mal". Um ministro fragilizado, sangrando por um tempo ainda, seria um ótimo interlocutor para eles nesse momento.

Prossigamos, sabendo que nesta arena bonzinho come o fígado do adversário, imagina os bandidos!

3 comentários:

Fábio Messa disse...

Então, Gigio. Delirando um pouco...O mais instigante disso tudo é que essas narrativas,dispostas nesse fabulário previsível, no qual os personagens se acusam (bandidos?/mocinhos? - deixando o espectador sem saber pra quem torcer, ou de que lado ficar...no meio dessa ficçãozinha toda...), nos possibilitam, observadores, arriscar, a partir de um repertório inferencial, uma espécie de tradução da trama toda. A narrativa (versão) jornalística é um prato cheio simbólico pronto pra ser devorado (antropofagicamente...), decifrado. Por trás da fábula há a tramóia político-econômica. E esse conhecimento sobre a trama política é fundamental pra adubar nossas inferências, pra pensarmos nas condições de produção desses discursos. Pode ser uma constatação óbvia, mas a informação no texto jornalístico nunca foi denotativa, sempre fora simbólica. Por isso é providencial essa tarefa de decifração, de tradução semiótica. E vamos adiante...Abração

Diego S. Mendes disse...

Olá, pessoalmente tenho pensado que a artilharia ao ministro pode, em último caso, retira-lo do cargo, ao menos provisoriamente, enquanto as investigações prosseguem. Ai será interessante observar quem assume o Ministério nesse momento tão importante para aprovação ou não da lei da Copa. Aliás, alguém acredita que a soberania nacional será mantida frente aos interesses financeiros da Copa???

Moacir Prado disse...

Bom, acredito eu que a resposta para a pergunta da postagem é simples, Ricardo Teixeira. Assim a Lei da Copa é aprovada, Ricardo Teixeira fica "bem" na FIFA e aumenta suas chances para presidente do órgão máximo do futebol. Interessante não? haha