quarta-feira, 7 de abril de 2010

Retificação - " A vergonha" não é de Verissimo!

Olá companheiros,

somente para retificar, o texto publicado por nós, intitulado "A vergonha", não é de autoria de Luis Fernando Verissimo, como pensavamos. Fomos avisados da fraude por um de nossos interlocutores anônimos. O autor esclarece o fato na nota publicada no jornal "O Globo" (lugarzinho pertinente para esse esclarescimento) e divulgado abaixo.

Antes, só um comentário: de Veríssimo ou não, o texto põe vário$$$ pingos nos ís! Pena esse autor não ter se revelado, mereceria assim mesmo seu destaque aqui! Continuaremos pensando os fatos (mais do que relevantes) trazidos pelo pseudo-Veríssimo misterioso da internet!!!

Outro Você
(Luiz Fernando Verissimo, O Globo, 04.04.2010)

Me dizem que rola um texto na internet com minha assinatura baixando o pau no “Big Brother Brasil”. Não fui eu que escrevi. Não poderia escrever nada sobre o “Big Brother Brasil”, a favor ou contra, porque sou um dos três ou quatro brasileiros que nunca o acompanharam. O pouco que vi do programa, de passagem, zapeando entre canais, só me deixou perplexo: o que, afinal, atraía tanto as pessoas — além do voyeurismo natural da espécie — numa jaula de gente em exibição ? Falha minha, sem dúvida. Se prestasse mais atenção talvez descobrisse o valor sociológico que, como já ouvi dizerem, redime o programa e explica seu fascínio. Pode ser. Os “Big Brothers” e similares fazem sucesso no mundo todo. Provavelmente eu e os outros três ou quatro resistentes apenas não pegamos o espírito da coisa.

Também me dizem que, além de textos meus que nunca escrevi (como textos igualmente apócrifos do Jabor, da Martha Medeiros e até do Jorge Luís Borges), agora frequento a internet com um Twitter. Aviso: não tenho tuiter, não recebo tuiter, não sei o que é tuiter. E desautorizo qualquer frase de tuiter atribuída a mim a não ser que ela seja absolutamente genial. Brincadeira, mas já fui obrigado a aceitar a autoria de mais de um texto apócrifo (e agradecer o elogio) para não causar desgosto, ou até revolta. Como a daquela senhora que reagiu com indignação quando eu inventei de dizer que um texto que ela lera não era meu:

– É sim.

– Não, eu acho que…

– É sim senhor !

Concordei que era, para não apanhar. O curioso, e o assustador, é que, em textos de outros com sua assinatura e em tuiters falsos, você passa a ter uma vida paralela dentro das fronteiras infinitas da internet. É outro você, um fantasma eletrônico com opiniões próprias, muitas vezes antagônicas, sobre o qual você não tem controle.

– Olha, adorei o que você escreveu sobre o “Big Brother”. É isso aí !

– Não fui eu que…

– Foi sim !

(Luiz Fernando Verissimo, O Globo, 04.04.2010)

fonte:http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/04/04/outro-voce-280562.asp

4 comentários:

Carol Garcia disse...

Pois é Diego, também andei sondando a veracidade do Texto e percebe que como o nosso colega desconhecido o verdadeiro autor também resolveu não se identificar, o texto que pensamos ser do Veríssimo só tem de verídico o seu conteúdo, o que nós leva a pensas no uso das ferramentas tecnológicas muitas vezes como verdadeiras armas de destruição quando utilizadas de forma não esclarecida.

Giovani Pires disse...

Tentando fazer do limão uma limonada, pensemos assim: o episódio foi um bom exemplo de como é correta, pertinente e urgente ao campo de estudos da midia-educação (física)a preocupação expressa pelo nosso caro Rivoltella(*)a respeito de tratarmos da ética do emissor, condição que a as novas tecnologias digitais (como este blog) atribui a todos e a cada um de nós.
(*) quem não conhece, veja o video dele em www.labomidia.ufsc.br

Anônimo disse...

Sendo ou não do Verissimo o texto é muito bom, que pena o verdadeiro autor não se identificar.

Ana Júlia, Aracaju.

Diego S. Mendes disse...

Concordo contigo Ana Julia! E a sacada do Gio tambpem é pertinente, afinal de contas, essa é mais uma preocupação da educação para as mídias, a formação dos emissores de informação.