quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Ói nóis no vestiba de Uberaba, sô!

Pessoal,
Vejam só o que o Dorenski descobriu. E olhem só a companhia: nós, o Adorno,...
Esse Observatório faz coisa!
Gio

Olá camarada!
O texto que produzimos para o Dicionário - Televisão - foi basilar para redação do vestibular da Federal de Uberaba, vc sabia? Bem decobri por acaso. veja a notícia:

www.jornaldeuberaba.com.br (caderno a)

18/07/2006 às 08:51

UFTM registra abstenção de 5% na segunda fase. Candidatos fazem prova de Conhecimentos Específicos durante cinco horas

A segunda fase do Vestibular de Inverno transcorreu dentro do previsto, sem incidentes,...
Nesta etapa foram aplicadas provas diferenciadas, uma para os cursos de Medicina, Enfermagem, Biomedicina, Fisioterapia, Nutrição e Terapia Ocupacional; e outra para os de Português-Inglês e Português-Espanhol.
A Redação - Importância da palavra em nossa cultura foi o tema da redação para os candidatos de Letras. A partir de três textos - O Lutador, de Carlos Drummond de Andrade, in José; um trecho de Redação: escrever é desvendar o mundo, de autoria de Severino Barbosa e Emília Amaral, e Rosa para Gertude, de Augusto de Campos, os vestibulandos desenvolveram dissertação em prosa, valendo 20 pontos, usando suas informações de modo criativo e original.

Para os cursos da área de saúde, foi apresentado o tema: O jovem diante da televisão e o exercício da consciência crítica. Além de levar em consideração conhecimentos e experiências de modo crítico, os vestibulandos tiveram como referência os textos editados de autoria de Giovani De Lorenzi Pires e Sergio Dorenski Dantas Ribeiro, Televisão. Dicionário Crítico de Lazer / CELAR/UFMG, e Televisão e formação, de T.W. Adorno, e um quadrinho de Toda Mafalda. (...)

Os comentários e críticas a Copa 2014 tb começaram

É pessoal,

só no blog do juca de cara já sairam quatro postagens, fora os comentários!!! Pessoal, não podemos ficar pra tras nessa caminhada.
Vejamos:

Que Brasil disputará a Copa de 2014?

Por ROBERTO VIEIRA

O Brasil vai ser a sede da Copa do Mundo de 2014!
Mas perguntar não ofende: Qual o Brasil vai disputar o Mundial de 2014? É a pergunta que anda nos céus, anda nas bocas dentadas e desdentadas de milhões de brasileiros. Qual o Brasil de 2014? O Brasil dos jogadores geniais, prodigiosos, ímpares? Ou o Brasil dos 22 jogadores na Ucrânia, Turquia e Polônia? Algum jogador brasileiro saberá falar português em 2014?Ou seremos como a Irlanda, um país mais populoso no estrangeiro que em seu próprio território? Qual o Brasil de 2014? O país dos sequestros, dos bondes, dos Bopes? Ou o país deitado em berço esplêndido e abençoado por Deus? O país das favelas em progressão geométrica? Ou o país que derrotou o analfabetismo? Qual o Brasil de 2014? O país em que a justiça e a cidadania sejam favas contadas? Ou que ainda sejam cartas fora do baralho? Haverá fome no Brasil de 2014?Haverá filas nas emergências hospitalares? Ou haverá apenas uma Arena no meio da selva tropical com propaganda multinacional? A final da Copa de 2014 não será disputada em julho de 2014. A final da Copa será disputada a cada dia dos 2000 dias que temos para organizar a Copa. Porque, por enquanto, a Copa é apenas dos empresários e dos políticos.Falta muito para que ela possa ser a Copa do povo brasileiro.Povo que deveria se perguntar, desde já: Qual o Brasil vai disputar o Mundial de 2014?

Escrito por Juca Kfouri às 00h02

A Copa vem aí, te cuida Itamaraty

Copa de 2014 garantida no Brasil, a julgar pelo que aconteceu na cerimônia de homologação da candidatura nacional na Fifa, o Ministério das Relações Exteriores terá de botar as barbas de molho.
Porque o presidente da República cutucou os vizinhos do Rio da Prata, ao dizer que faremos uma Copa tão boa que nem os argentinos porão defeito.
Como tirada de bar, é boa piada, diga-se, mas certamente não foi gentil com os hermanos que até abriram mão de concorrer com o Brasil.
Mas muito pior fez o presidente da CBF, ao se irritar com uma jornalista canadense que quis saber sobre a questão da violência em nossas cidades, algo absolutamente previsível que alguém perguntaria.
E ele respondeu com três pedradas.
Uma no próprio Canadá, porque policiais canadenses andaram batendo em jogadores chilenos na Copa do Mundo sub-20, recentemente.
Outra nos Estados Unidos, por causa dos tiroteios que às vezes acontecem em suas escolas.
E mais uma na Inglaterra, porque a polícia londrina matou um brasileiro confundido com um terrorista.
Sobre os planos brasileiros para minimizar o problema, nenhuma palavra.
O Itamaraty que compre flores.

Escrito por Juca Kfouri às 22h48

A gafe de Lula

Em seu discurso de agradecimento pela escolha do Brasil para sediar a Copa de 2014, o presidente Lula cometeu mais uma de suas gafes em relação à história.
Ele se dirigiu a Platini para dizer que o Brasil chorou quando o francês marcou um gol de pênalti na seleção nacional, referência ao jogo em que a França nos desclassificou na Copa de 1986, no México.
Só que naquele dia, a exemplo de Zico, durante o jogo, e Sócrates, no desempate por penais, o craque francês também desperdiçou sua cobrança.

Escrito por Juca Kfouri às 12h52

Que venha a Copa, mas que venha direito

Daqui a pouco será anunciado oficialmente que a Copa do Mundo de 2014 será no Brasil.
Coisa que já se sabia desde que a candidatura brasileira se transformou em candidatura única.
O que, por sinal, levou a Fifa a desistir do rodízio de continentes, insatisfeita com a falta de concorrência pelo acordo feito na América do Sul.
América do Sul cujo presidente da Confederação tem o cargo como vitalício, algo impensável a não ser na literatura fantástica do continente.
Lula e mais onze governadores estão em Zurique para a cerimônia homologatória, fato jamais visto na Fifa, também digno de um Gabriel Garcia Márquez.
Que esta farra não seja o prenúncio de uma outra pior, com dinheiro público, para organizar a Copa.
Uma Copa que todos queremos e que podemos organizar, desde que do tamanho das nossas pernas, sem querer parecer um país que não somos.
O problema está em quem vai comandar a organização dela, o mesmo cartola que até hoje não se desvencilhou de processos abertos contra ele por causa da CPI do Futebol, no Senado Federal.
Enfim, podemos fazer a Copa, mas não deveríamos fazê-la com quem está no comando da operação.

Escrito por Juca Kfouri às 00h51

Extraido em 31/10/2007 do endereço eletrônico: blogdojuca.blog.uol.com.br

Brasil e a Copa: agendamento a vista

http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/blogs.asp?id_blog=3&id={BAD315F4-4FBE-465B-BEE7-85951F7131D6}


A Copa que começa agora
Postado por Luiz Weis em 30/10/2007 às 9:31:41 AM


Termina assim o principal editorial da Folha de hoje:
“A torcida brasileira […] merece uma Copa no Brasil. Mas o evento só se justificará se marcar uma mudança na atitude de dirigentes e autoridades. É preciso prestar contas e minimizar o gasto público.”
Muito bem, palmas. Mas os dirigentes e autoridades só mudarão de atitude – e olhe lá – se ficarem desde já sob marcação cerrada da imprensa.
O ideal seria que, a partir de agora, cada órgão de mídia fosse montando uma espécie de força-tarefa para acompanhar, lance a lance, a preparação para 2014.
O que a imprensa não fez no caso dos Jogos Panamericanos. Quando caiu em si, descobriu que se gastou quatro vezes mais do que se anunciara – e isso, pelos números oficiais.
Como ressalta, também na Folha, o colunista Janio de Freitas:
“Nunca foi apresentado o custo final e verdadeiro do Pan […] O que se sabe de certo é que os dados oficiais não são confiáveis, ou por incompletos alguns, ou porque falsos. Sem falar nas manipulações que multiplicaram custos de obras e equipamentos como milagres do padrão de moralidade nacional.”
É por ser o que é, precisamente, o padrão de moralidade nacional – do qual não escapa nem o leitinho das crianças –, para a mídia a Copa de 2014 precisa começar já.
E que entre em campo tendo à mão um alentado estoque de cartões vermelhos.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Mídia, infância e Consumo

Colegas, repasso à vocês um texto que recebi da FNDC sobre mídia e infância.
Paula

Mídia e consumo: que infância estamos construindo?
22/10/2007
Lais Fontenelle Pereira
Observatório do Direito à Comunicação

"NÃO ESQUEÇA a minha Caloi". "Compre Batom". "Danoninho vale mais do que um bifinho"... Não é de hoje que os apelos publicitários interferem na formação de nossos filhos. No Dia das Crianças nos sentimos compelidos a refletir. Que infância estamos construindo? As crianças sumiram das ruas, das praças e dos colos e se refugiaram nos shoppings ou nas telas.
"Filho, você comeu direito?". "Não esquece o casaco!". "Só mais uma história". "Já sei andar de bicicleta sem rodinhas!". Onde estão essas palavras? Está cada vez mais difícil escutarmos o riso das crianças, assim como suas verdadeiras necessidades. Vivemos imersos em imagens e sons que nos atravessam sem nos pedir permissão. A palavra foi substituída pela imagem. A coleção, pela aquisição. A atenção, pelo presente. O medo do lobo mau, pelo medo da realidade. O abraço, pelo objeto.
O desejo, pela necessidade, e a criança, pelo consumidor -antes mesmo de se tornar cidadã. O ter prevalece sobre o ser. Esse é o tempo do consumo e da descartabilidade.
No Brasil, 12 de outubro convencionou-se como o Dia das Crianças, mas a que preço? O que de fato celebramos nessa data: a criança ou o consumo? Parece-nos que esse hábito é vivido pela maioria das famílias como um simples dever ao consumo.
O 12 de outubro foi proposto pelo deputado federal Galdino do Valle Filho em 1920 e oficializado como Dia das Crianças pelo presidente Arthur Bernardes em 1924. Porém, o dia passou a ser comemorado só em 1960, depois que a fábrica de brinquedos Estrela e a Johnson & Johnson criaram a Semana do Bebê Robusto. Um convite ao consumismo precoce.
Se fôssemos comemorar realmente a criança, por que não fazer em 20 de novembro, data da aprovação da Declaração dos Direitos das Crianças?
No mês das crianças, a publicidade surge com força total. Quando vemos que o valor gasto no Brasil em publicidade dirigida ao público infantil foi de aproximadamente R$ 210 milhões (Ibope) e que o valor do investimento no Programa Federal de Desenvolvimento da Educação Infantil (FNDE) foi de aproximadamente R$ 28 milhões, ficamos pasmos.
A publicidade participa da formação de nossas crianças tanto quanto a escola. O que é mais importante, esses objetos que prometem a felicidade ou a educação?
As crianças são desde cedo incitadas a participar da lógica de mercado. A forma como são olhadas e investidas pelos outros passa pela cultura do consumo. As expectativas em torno do nascimento, a escolha do nome e dos objetos e a reorganização da casa circunscrevem o lugar social no qual se constituirão a identidade e os valores do bebê.
As imagens publicitárias dirigem-se às crianças, o que é extremamente abusivo, pois até os 12 anos não têm capacidade crítica de entender o caráter persuasivo das mensagens. Até os quatro anos as crianças não conseguem diferenciar publicidade de programas. Conforme pesquisa norte-americana, bastam apenas 30 segundos para uma marca influenciá-las. Se pensarmos que a criança brasileira passa em média cinco horas por dia em frente à TV (Ibope, 2005), quanta influência da mídia ela sofre?
Esse problema se soma ao afastamento das brincadeiras. Quem precisa de dez sapatos, três bolsas ou saber usar batom? Os pais foram desautorizados do poder, ou melhor, do seu saber, e a mídia se ocupou do papel de transmitir os caminhos da infância. Porém, o mercado -mídia ou anunciantes- assumiu isso pensando no lucro imediato, e não nas crianças ou no futuro da nação.
A infância não pode ser aprisionada pela falsa felicidade que a sociedade de consumo nos vende. Criança precisa de olhar, de palavras e de escuta. Precisa ter infância para ser criança. E os pais sabem o que é melhor para os filhos.
Nesse Dia das Crianças, troquemos o shopping pelo parque. Façamos brinquedos, em vez de comprá-los prontos. Troquemos as guloseimas pelo bolo feito no calor da cozinha.
Paremos para refletir. Olhemos para a infância que nos circunda e rememoremos nossa experiência infantil. Assim, talvez possamos subverter a ordem estabelecida do consumismo desenfreado e encontrar uma forma mais sincera de homenagearmos nossas crianças.
Publicado originalmente na Folha de S. Paulo

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Observatório de Mídia e TIC's Latino-Americanos

Ai vai notícia enviada pela nossa coléga Cássia Hack.

DIRETOR-EXECUTIVO DA RITLA LANÇA OBSERVATÓRIO LATINO-AMERICANO DE TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO E O OBSERVATÓRIO LATINO-AMERICANO DE VIOLÊNCIAS NAS TICS

Jorge Werthein, diretor-executivo da RITLA, lançou hoje em Brasília, o Observatório Latino-Americano de Tecnologias na Educação e o Observatório Latino-Americano de Violência nas TICs. Trata-se de uma iniciativa pioneira nessas temáticas e tem como objetivo promover estudos, pesquisas e debates sobre o uso das novas tecnologias na educação e sobre as novas formas de violência disseminadas pelas TICs. Os observatórios funcionaram no Brasil e contaram com o apoio técnico de especialistas.Observatórios sociais são centros de trabalho e estudos que permitem observar e analisar de forma crítica, continuada e sistemática a evolução de questões sociais com a finalidade de identificar e analisar realidades, contextos, fatos e processos. No caso dos observatórios da RITLA, pretende-se que eles sejam espaços multidisciplinares e transnacionais de encontro e articulação entre pesquisadores, educadores, gestores e demais profissionais interessados na compreensão e análise do uso das novas tecnologias na educação e das novas formas de violência disseminadas pelas TICs. A escolha destes temas não é um acaso. Por um lado, as TICs são parte de um contínuo de tecnologias que podem apoiar e enriquecer a aprendizagem para a educação voltada para a sociedade do conhecimento. E por outro, também podem ser usadas para documentar e difundir diversas situações de violência. Portanto, no sentido de compreender estes fenômenos, a RITLA oferece a oportunidade para docentes, pesquisadores, gestores e formuladores de políticas e outros possam conhecer melhor estas questões com o objetivo de discutir soluções e encontrar maneiras de colocá-las em prática.Pretende-se com os Observatórios criar uma ampla rede de especialistas e interessados nessas temáticas para que seja possível conhecer esses temas em toda a sua complexidade. Além disso, os Observatórios têm como objetivo obter subsídios para a implementação de propostas que possam ser aplicadas em todo o continente.
Os Observatórios podem ser acessados através da página da RITLA na internet (http://www.ritla.net)

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

FELIZ DIA DOS PROFESSORES!!!!!

A todos os colegas professores, uma mensagem especial em homenagem pelo nosso dia..


Hoje é teu dia, professor!
Um dia especial no calendário.
Um dia como outro qualquer
Para aqueles que insistem em não enxergar o teu imenso valor.
Hoje, é o teu dia professor.
Apenas um dia.
Como se nesse dia, fosse preciso apenas dizer:
Hoje é o teu dia, parabéns.
Não. Isso não basta.
Se buscas educar todos os dias
Por que não te reconhecem todos os dias?
Se colaboras através dos teus ensinamentos
Para que os homens modifiquem e transformem o mundo
Por que não te valorizam todos os dias?
Se buscas despertar a consciência para a construção
E o exercício da cidadania
Por que não te respeitam todos os dias?
Se não te reconhecem,
Se não te valorizam,
Se não te respeitam,
É porque nessa terra bem-amada
O direito à educação ainda não é respeitado.
Ainda não se tornou prioridade.
Mas, hoje, é o teu dia, professor.
Estás cansado?
Triste, desanimado?
Não te entregues.
Insiste. Luta.
Ergue a tua cabeça.
Resgata a tua auto-estima
E segue em busca do teu objetivo:
Ensinar e educar, sempre.
Não te aproximes do valor injusto e deplorável que te pagam.
Hoje, é o teu dia, professor.
Não tens o que comemorar?
Esquecestes as conquistas da caminhada?
Tens a tua persistência?
Tens a tua experiência?
Tens a tua história para contar!
Não fiques aí parado repetindo:
Não tenho giz, nem salário, por isso nada posso fazer.
Não te entregues.
Tu queres mais, professor.
Reclama, grita.
Mas não desista do teu sonho.
Luta. Insiste.
Conquista passo a passo a educação que queres ter,
A educação que queres ensinar.
Não podes mudar o mundo,
Mas sem a tua força,
o mundo terá menos chance de ser melhor.
Vamos, professor, não pare.
O educador não cansa de se reeducar
E facilitar o aprender do outro.
Hoje, é o teu dia, professor.
Dia de refletir,
de agradecer por teres chegado aqui.
Dia de renovar o compromisso de auxiliar
Ao aluno, a saciar
A fome do saber e fazer o novo.
Não, não confundas com sonho irreal.
Se queres um mundo diferente,
Reinventa sempre a tua sala de aula,
tua escola, teu mundo.
Questiona. Grita.
Soma a tua força.
Luta, para que um dia, professor,
Todos os outros dias, também sejam...
(Liduina Felipe de Mendonça Fernandes)

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Pesquisa de iniciação científica sobre mídia e EF é apresentada na UFSC

Na última quinta-feira, dia 04 do 10, o acadêmico Victor Azevedo, bolsista de iniciação científica do CDS/UFSC e membro do Observatorio do Mídia Esportiva apresentou seu trabalho noseminário de iniciação científica da UFSC. O trabalho do Victor se propõe a atualizar o acompanhamento que o Labomídia vem fazendo sobre o que a Educação Física produz e veicula no ambito das relações entre a mídia e a nossa área.O recorte da pesquisa sobre a produção de EF e Midia é o GTT (97-2005) e o NP/Intercom (2000-2006). Os avaliadores da área (da saúde) ficaram literalmente qualquer consideração em relação ao trabalho. Nas palavras do prof. Dr. Giovani De Lorenzi "a apresentação foi correta, direta e muito bem sustentada!"Para aqueles que ficaram interessados em breve o trabalho estará publicado na íntegra na página do Labomídia - www.nepef.ufsc.br/labomidia. Parabéns ao Victor e a todo grupo por mais esta produção!

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Roda-viva do PAN 2007

Parece que a canção de Chico Buarque, "Roda-viva", continua mais viva do que nunca. A letra que fazia parte da famosíssima peça de mesmo nome, escrita em 1967, traz como pano de fundo um episódio específico da história nacional, os obscuros anos da ditadura militar. Tempos de repressão da liberdade de expressão e de silêncios forçados. Um passado já morto e enterrado, não? Como pensar em repressão em plena era da cibercultura? Nunca se viram tantas possibilidades de disseminação das informações, a internet promete a cada indivíduo a possibilidade de ser o Roberto Marinho de sí próprio. Foi anunciado o fim do monopólio da fala, prova disso são os blogs e o chamado jornalismo interativo. Fato é que, por mais de um ano, uma cidadã brasileira de pseudônimo Diana acompanhou e veiculou diversas reportagens com críticas, intrigas e denuncias sobre o PAN 2007 num blog denominado "a verdade do pan 2007" (averdadedopan2007.blogspot.com). Pois, no dia 07/08 tal blog simplesmente sumiu do ar, virou ciber-fumaça. Alardea-se pela internet que havia contra Diana uma queixa de calúnia, injúria e difamação impetrada pelo presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman. Atualmente a única coisa que se encontra sobre esse assunto na net são duas manifestações pontuais, uma no blog do Juca (http://blogdojuca.blog.uol.com.br/arch2007-08-05_2007-08-11.html) e outra no blog da união dos torcedores brasileiros (http://torcedoresbrasil.blogspot.com/2007/08/ateno-blog-verdade-do-pan-2007-est-fora.html), além de algumas manifestações isoladas. Portanto, a grosso modo, qual a repercussão desse episódio de maneira consistente? NENHUMA. Até hoje não se sabe o que foi feito do tal blog. De um lado sabe-se que esse blog em nada feriu as exigências do Blogger ou da empresa Google em relação aos conteúdos que veiculava, uma vez que só eram postadas matérias oriundas da grande imprensa (textos da Folha de São Paulo, por exemplo). Na contramão a empresa Google ou o Blogger não podem ser procuradas para esclarecimentos sob o episódio pelo simples fato de que ambas não oferecem recursos para tal, não há qualquer tipo de ouvidoria em ambos os sites. Assim, ao menos duas hipóteses se mantêm: a) a tal Diana pode simplesmente ter se cansado da árdua tarefa de manter um blog; b) houve alguma intervenção judicial ou de outra espécie no mesmo.
Continuamos sem respostas. Seria simplificar demais dizer que os brasileiros não têm memória, mas estamos diante de um fato que vem sendo esquecido. Sou levado a lembrar de uma certa tendência já anunciada por muitos, inclusive por nós (O.M.E), de que nessa trama entre os fatos Globais e locais as vezes nossos horizontes se perdem no infinito factual que ocorre a milhas de distância. Assim, crer que a ciber-censura esta só na China é um bom modo de convivermos com esses ciber-sumiços que por ventura as vezes acontecem.

Vamos navegando e cantando e seguindo velhas canções...

"... a gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mais eis que chega a roda-viva
E carrega o destino(ou a informação) pra lá."

(trecho da música Roda-viva /Chico Buarque)